Quando a amante surge no casamento em crise.


A dura realidade que nasceu de uma utopia.

Capítulo 15 - A rotina estava novamente de volta...

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-   Bom dia! Nilson.
-   Bom dia, Paulo.
-   Por que este desanimo rapaz?
-   Tenho passado por maus pedaços, e de certa forma sou maior culpado desta situação, mas não  preocupá-lo-ei, pois isso é apenas uma questão transitória.
-   Olha, só lhe peço um favor. Nunca esqueça que sou seu amigo.
-   Obrigado, Paulo.
-   Por nada.
  Quinze dias passados e Nilson já estava angustiado, pois a esposa lastimava-se com relação  a sua mãe e vice-versa.
  Porém, para completar, sua situação na caserna, complicou-se muito após a saída do Major Velasque, agora o Capitão Rondinelle que sempre o detestou  estava com a rede e o peixe no aquário...
  
Dia após dia... desespero, solidão, sua vida era um caos, até que mais uma vez lembrou-se das palavras de sua mãe e encontrou nelas forças para superar aquela situação.
  
Sim como um sino a badalar num clamor, ecoava em seu coração aquela doce recordação que dizia: meu filho, quando chorares recorda-se que “O choro pode durar uma noite, mas tão certo como ar que respiramos, e o amanhã que se levanta, o contentamento virá ao amanhecer”...
  
Realmente, passaram-se seis meses, entre bons e maus momentos.

  Nilson superou e mostrou que é possível vencer as atribulações, e agora estava preparado para mais uma etapa em sua vida...

-   Paulo, vamos de rolé ao Norte-Shoping?
-   Demorou, a uma paralisação nas aulas e já que estou de bobeira podemos nos divertir.
-   Depois do expediente, primeiro vamos passar lá em casa, tomamos um café e daí é só alegria...
-   Olha é o SGT Gonsales!
-   Nilson, o capitão está aguardando-lhe?
-   Sim Senhor SGT, estou indo.
-   Permissão?
-   Entra cabo. Por que você chegou atrasado á parada diária?
-   Senhor, tive problemas no percurso, pois como moro em outra cidade o carro quebrou na estrada e infelizmente, tive que aguardar a substituição.
-   Não justifica?! O militar sabe que é considerado transgressão leve, atrasar-se à parada diária.
-   Ficará de pernoite por 3 dias.
-   Sim Senhor, Permissão para retirar-me?
-   Permissão concedida.
-   E aí Nilson o que o  capitãozinho queria?
-   Como sempre punir.
-   Por quê?
-   Lembra aquele dia que cheguei atrasado a parada diária. O tenente delatou-me, como é sabido por todos. Ele me adora!
-   Que filho da ...
-   Não esquenta, eu dei mole mesmo.
-   Então, iremos ou não sair?
-   Desanimei, pois como sabe tenho que chegar às 21h, mas não vou ficar chorando o leite derramado.
-   Vamos de carro.
-   Tá legal.
-
  Naquele dia Nilson saiu, divertiu-se, todavia como ficou perceptível a implicância deste capitão.
 
Segunda, Terça ... Sexta-feira, custou mais chegou era o melhor dia para o pobre Nilson, iria descansar, rever sua esposa enfim está próximo de sua família.


-   Vou á  Rodoviária, contigo amigo.
-   Obrigado, não sei como agradecer tem sido um amigão, Paulo.
-   Senhor, qual é o próximo horário disponível para Campos?
-   Às 18h30m, meu jovem.
-   Sim, ainda tem lugar ao lado da janela?
-   Poltrona no 13.
-   OK, obrigado.
-   Que sorte sua em Nilson! Só vejo mulher na plataforma de embarque, quem sabe uma boa companhia nessas 4h de viagem.
-   Nada melhor que estar ao lado do sexo oposto para estarmos bem, não é?
-   Isso aí, boa viagem e até breve companheiro.
-   Tchau.
-
  Era uma viagem monótona pois nem sempre encontrava alguém afim de conversar, mas desta vez deu sorte conhecerá uma bela moça, seu nome Mônica.

-   Oi! Boa noite, com licença está poltrona é a minha.
-   Deixa eu ver sua passagem, por favor, No 12,é aqui ao meu lado.
-   Pôxa! Mais eu pedi ao lado da janela.
-   Não seja por isso, podemos revezar.
-   O Senhor é muito gentil.
-   Primeiro não me chame de Senhor, pois como milico já estou saturado desta formalidade, fico feliz se tratar-me por você.
-   A propósito qual é seu nome?
-   Mônica, e o seu?
-   Nilson, muito prazer.
-   Igualmente, mais preciso ficar perto da janela porquê sofro de claustrofobia.
-   Tudo bem. Admirava-a Nilson.

    Encantadora, sua voz seria uma melodia dulcíssima como saxofone de Keny’G, seus olhos brilhavam  ao demonstrar medo e segurança ao lado de um estranho... todavia minha intuição sabia que esta delicadeza teria um preço amargo futuramente.
   Conversamos, a vezes trocava-mos olhares como se nos conhecêssemos intimamente, até que não resistimos e beijamos, a carência levou-me a cometer este erro? Ou apenas queira desculpar minha fraqueza? mas o que importa, beijei, beijei e beijei...
  A está altura estavámos no meio da viagem, o frio criava um clima mais romântico, abrasávamos e cada vez mais trocava-mos carícias, isso era bom.                                                                                                                                                                                                                 
 Mas não sou digno de aconselhar-lhe apenas acho que a felicidade está acima de qualquer riqueza.
-   E você, fale-me um pouco de ti?
-   Sou casado, mas ultimamente me sinto infeliz e carente.

   Quem diria, com está brecha Nilson complicar-se-ia definitivamente, pois como não poderia iludir está  jovem e ao mesmo tempo despertava-lhe um sentimento.
 Seria paixão? Sim, mais se fosse somente atração física, e assim que consumissem o ato, percebesse.

  Caramba! Não seria tarde demais! Oh! Dúvida cruel.
-   Por que anda acabrunhado? Não ama sua esposa?
-   Mônica, talvez a incompreensão torne-me um bloco de gelo, entende?
-   Entendo, de modo que: apenas encaro isto como uma fase.
-   Fase! Você imagina o que é; labutar quotidianamente e colher insatisfação? Não, é óbvio que nem imagina.
-   Mas deixemos de lado esta melancolia da vida, e vivamos os momentos generosos oferecidos por ela.
-   No fundo você tem razão. Porque martirizar-se.
-   Estamos quase chegando, desde já digo-lhe você é muito especial.
-   Não quero lhe perder, nunca tive oportunidade de conhecer alguém que realmente demonstra-se um mínimo de preocupação comigo.
-   Mônica gostei muito de você, mas não tenho  direito de iludi-la.
-   Deixa de bobagem, a vida é um tempo a ser cumprido e acima de tudo cabe-nos aproveitar cada mísero momento. E você já é um motivo especial.
-   Mediante tamanha afinidade só me resta dizer-lhe: meu telefone é  2424-1531.
-   E o meu, 3718-9928.
-   Assim está combinado, quando estiver sentindo-se só estarei com os ouvidos dispostos e o colo pronto para acalentar-lhe a qualquer momento.
-   Obrigado. E a propósito vou retornar Segunda-feira no Ônibus das 12h e 30m, quando chegar vou logo comprar a passagem e você.
-   Idem, não posso perder esta oportunidade, e só me resta lutar contra o tempo.


    Nisso aproveitaram o restante da viagem, não falaram mais nada, apenas beijavam-se e trocavam carícia...

Autor: Washington Luiz.

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