Transpetro lança ao mar primeiro navio construído no Rio de Janeiro

Agência Petrobras-
A Transpetro lança ao mar nesta quinta-feira (24/06), às 11h, no Estaleiro Mauá, o primeiro navio construído no estado do Rio de Janeiro para o Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef). O lançamento terá a presença do governador Sérgio Cabral, do ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, da presidente em exercício da Petrobras, Graça Foster, e do presidente da Transpetro, Sergio Machado. O evento marca o reencontro do estado, berço da indústria naval no país, com uma de suas vocações econômicas.

O navio levará o nome de Celso Furtado, em homenagem ao economista que criou a Sudene e lançou os fundamentos do mais recente ciclo de desenvolvimento industrial do país. É uma embarcação para transporte de derivados claros de petróleo, com capacidade para 48,3 mil toneladas de porte bruto e 183 metros de comprimento.

A solenidade segue o cronograma de lançamentos previsto para este ano, que se iniciou no último dia 7 de maio, no Estaleiro Atlântico Sul (PE), com o Suezmax João Cândido. O Estado do Rio, maior e mais tradicional polo naval do país, já conta com 16 navios encomendados pelo Promef, com R$ 2,25 bilhões em investimentos. O programa vai criar pelo menos 50 mil empregos no Estado, sendo 10 mil diretos e 40 mil indiretos.

O Estaleiro Mauá, que construirá quatro navios de produtos do Promef, está localizado na Ponta D’Areia, em Niterói, região onde nasceu a indústria naval brasileira no século XIX pelas mãos do Barão de Mauá. “Este lançamento tem um significado histórico muito grande, já que foi ali mesmo na Ponta D’Areia onde a tradição brasileira de construir navios começou. Estamos retomando esta tradição”, destaca o presidente da Transpetro, Sergio Machado.

O navio Celso Furtado é o primeiro encomendado a um estaleiro fluminense pelo Sistema Petrobras a ser lançado ao mar,23 anos após a última encomenda. O último havia sido o Livramento, finalizado em 1997 pelo Estaleiro Eisa. A embarcação levou 10 anos para ser concluída, em meio a uma grave crise do setor. A indústria naval brasileira, que havia sido a segunda maior fabricante mundial nos anos 1970, praticamente desapareceu dos radares a partir dos anos 1980.

Com a encomenda de 49 navios do Promef, um dos principais projetos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), os estaleiros foram modernizados e surgiram novas unidades de produção, como o Estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco. Hoje, cinco anos após o lançamento do Promef, o Brasil já possui a quarta maior carteira mundial de encomendas de petroleiros.

Em todo o país, a construção dos 49 novos navios da Transpetro vai gerar cerca de 200 mil empregos, entre diretos e indiretos. Do total previsto, já tiveram a licitação concluída 46 embarcações, com 38 contratadas. Os últimos três navios do programa estão em fase final de licitação.

Dos 49 navios contratados, pelo menos 16 serão construídos no Rio de Janeiro. A indústria naval fluminense tem fortalecido sua posição no cenário nacional impulsionada pelo Promef, com demanda e oferta equilibradas, mão de obra qualificada e competitividade.

Pesquisas do Sindicato Nacional da Indústria de Construção e Reparo Naval e Offshore (Sinaval) mostram que o Rio de Janeiro concentra mais de 50% do total da capacidade produtiva do País, com habilidade para processar 288 mil toneladas de aço por ano.

Mais de 40% do total de empregos diretos gerados no setor estão no estado, que conta hoje com quase 25 mil trabalhadores. A indústria brasileira de construção naval emprega diretamente mais de 46 mil pessoas.

Há 16 estaleiros em atividade no Estado do Rio de Janeiro: Eisa, Superpesa, SRD, CBO, Sermetal e Rio Nave, na cidade do Rio de Janeiro; Enavi-Renave, Mauá, STX, Aliança, São Miguel, UTC, Setal e MacLaren Oil, em Niterói; Cassinu, em São Gonçalo; e BrasFels, em Angra dos Reis. Ao todo, são 13 carreiras e 12 diques secos disponíveis para construção de embarcações em uma área de 1,8 milhão de m² ocupada pelas empresas. Esses números serão ampliados com a reativação do antigo Estaleiro Ishibrás, na cidade do Rio de Janeiro.

Embora circundados por área urbana, os estaleiros fluminenses estão em processo de expansão e de modernização. O estado continua atuando como importante ator do segmento e tem todas as chances de manter seu desempenho de forma sustentável por conta da encomendas do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef).

Edição:Washington Luiz
Informações da Agência Petrobras

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